Aconteceu na última sexta-feira (18), na Enamat, a cerimônia de descerramento da fotografia do ministro João Oreste Dalazen, que foi Diretor da Escola no período de 2013 a 2015. A solenidade foi presidida pelo Diretor da Enamat, ministro Renato de Lacerda Paiva, que lembrou o fato de que, exatamente nesta data (18/09), a Enamat completa nove anos de existência e é a única Escola de Formação especializada em Magistrados do Trabalho no mundo.

Ministro Renato Paiva abrindo a solenidade

Ministro Renato Paiva abrindo a solenidade

O ministro Renato Paiva elogiou a atuação do ministro Dalazen à frente da Escola e disse que  ele trouxe para a Enamat toda sua experiência adquirida como Conselheiro do CNJ, Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, vice-Presidente e depois como Presidente do TST. “Sob sua gestão, temas relevantes foram objeto de estudo e debate, como o Novo CPC e Possíveis Impactos no Processo de Trabalho; a questão do trabalho comparado Brasil/Argentina/Uruguai; jurisprudência da Corte europeia de Direitos Humanos em Direito do Trabalho, entre outros”.

Painel

No momento da solenidade, a Enamat  inaugurou seu  painel cronológico, com fotos  e nomes dos  Diretores, desde sua criação. O primeiro Diretor foi o ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho (2006/2007); seguido do ministro Carlos Alberto Reis de Paula (2007/2009); ministro Barros Levenhagen (2009/2011); ministro Aloysio Corrêa da Veiga (2011/2013); ministro Dalazen (2013/2015), até a atual gestão do ministro Renato Paiva.

Painel cronológico da Enamat

Painel cronológico da Enamat

Ao falar dos nove anos da ENAMAT, o atual diretor destacou que “A  Enamat tornou-se a maior e melhor Escola de Formação de Magistrados do Brasil e da América Latina, somente equiparável às paradigmas da Europa”. Ele lembrou que, com abrangência nacional, a Enamat realiza o apoio e a coordenação das 24 Escolas Regionais e, nestes nove anos, atendeu a 7.814 alunos magistrados, sendo 1.193 em formação inicial, 5.386 em formação continuada (presencial e a distancia), 1.085 em formação de formadores e 150 alunos em formação técnica.

Estiveram presentes à solenidade os ministros do TST Ives Gandra da Silva Martins Filho, Maria Cristina Irigoyen Peduzzi , Aloysio Corrêa da Veiga, Márcio Eurico Vitral Amaro, Walmir Oliveira da Costa, Kátia Magalhães Arruda, José Roberto Freire Pimenta, Delaíde Alves Miranda Arantes e Cláudio Mascarenhas Brandão, além dos alunos-juízes do 19o Curso de Formação Inicial em andamento na Escola.

Ministros do TST presitigando a solenidade

Ministros do TST presitigando a solenidade

Ministro Dalazen

Em seu discurso, o ministro Dalazen expressou profundo agradecimento e reconhecimento ao seu sucessor na direção da ENAMAT, ministro Renato de Lacerda Paiva, e parabenizou a iniciativa da Escola em valorizar seus ex-Diretores, citando Fernando Pessoa ao dizer que “a memória é a consciência inserida no tempo”.

Discurso do ministro Dalazen

Discurso do ministro Dalazen

Em sua fala, o ministro destacou que não se pode evidentemente reescrever o passado, mas dele extrair lições para projetar o futuro. Por isso, a consciência sobre a vida e as experiências de uma Instituição constitui o passo seguro para a sua evolução e amadurecimento. “Sabemos, todavia, que não há história de uma Instituição sem a vida dos que nela atuaram” falou o ministro, que classificou seu tempo à frente da Enamat como um período inolvidável de sua vida profissional.

Segundo o ministro Dalazen, os dissídios entre empregados e empregadores são questões que alcançam os fundamentos da vida social e econômica de um País, constituindo algo vivo e candente no angustiante, tenso e conturbado universo em que vivemos. “É até truísmo afirmar que, muito mais que de boas leis, necessitamos desesperadamente de bons juízes, de juízes vocacionados, equilibrados, devotados e preparados para o ofício divino de julgar. Precisamente para dar resposta a esse desafio, a esse verdadeiro clamor da sociedade, foi criada e instalada a ENAMAT, a quem reservamos papel  transcendental e empolgante”.

Ele finalizou seu discurso citando a poetisa goiana  Cora Coralina: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”.

Waleska Maux/Enamat

Fotos: Aldo Dias/TST