Participando da 7ª Conferência Internacional para Formação e Capacitação do Judiciário (IOJT), em Pernambuco, o vice-presidente do TST ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho concedeu entrevista à Enamat, falando sobre a importância do evento, que reúne mais de 40 países e ressaltou a capacitação de magistrados brasileiros e estrangeiros para o futuro da democracia no mundo.

Vice-Presidente do TST, ministro Ives Gandra

Vice-Presidente do TST, ministro Ives Gandra

Segundo ele, essa troca de experiências entre Escolas da Magistratura e países, mostra que se pode encontrar soluções para o judiciário. “Passar em concurso e julgar, qualquer juiz pode fazer, mas é preciso incutir nos juízes as virtudes judiciais. Saber decidir a vida, patrimônio e liberdade das pessoas, é uma arte”.

Em relação ao atual nível de formação dos magistrados brasileiros, o ministro Ives Gandra acredita que ainda estamos engatinhando nesse campo. “Na 4ª Conferência, que aconteceu no ano de 2009 em Sydney (Austrália), observei que países da Europa e América do Norte já tinham Escolas Judiciais há décadas. No Brasil, só temos Escolas nacionais  há dez anos, mas estamos avançando rapidamente.”

Ele falou sobre a importância dos Códigos de Ética da magistratura. Para o ministro, ser um bom juiz consiste em fazer uma sociedade melhor. “Ser feliz fazendo os outros felizes”, ressaltou.

O ministro elogiou o fato de que mais da metade dos Juízes do Trabalho brasileiros já tenham passado pelos cursos de capacitação da Enamat, pioneira no Brasil em formação de magistrados, e disse esperar a continuação desse papel de vanguarda da Escola.

“Não basta aprender a técnica de julgar. É primordial apreender a ser juiz”, afirmou o vice-presidente do TST.

Waleska  Maux/Enamat