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Enamat divulga relatório preliminar de pesquisas sobre a magistratura

Os estudos tratam das “Dificuldades na Carreira da Magistrada 2025” e o “Perfil dos Candidatos Aprovados no Concurso Unificado”. Pesquisas completas devem ser divulgadas em 24 de setembro.

Foto da sala com uma mesa em


27/8/2025 - A Coordenadoria de Pesquisa da Escola Nacional de Aperfeiçoamento e Formação de Magistrados do Trabalho (Enamat) apresentou, na última semana,  o relatório preliminar das pesquisas “Dificuldades na Carreira da Magistrada 2025“ e “ Perfil dos Candidatos Aprovados no Concurso Público Nacional Unificado da Magistratura do Trabalho”.

A previsão é que as pesquisas completas sejam divulgadas em 24 de setembro.

Presença feminina

De acordo com a diretora da escola, ministra Kátia Arruda, os dados levantados,  em ambas as pesquisas, vão subsidiar a formulação de novas políticas voltadas ao fortalecimento da igualdade de gênero e ao aprimoramento da Justiça do Trabalho. 

“Vivemos em uma sociedade ainda desigual, e é fundamental que a Enamat compreenda essa realidade para incluir mulheres em políticas que promovam a equidade de gênero também na magistratura”, pontuou. “Superar essas dificuldades permitirá ampliar a presença feminina não apenas no ingresso como magistradas, mas também na promoção e ocupação de cargos de direção nos tribunais”, completou.

Pesquisa Dificuldades na Carreira da Magistrada 2025

Esta é a segunda edição da pesquisa, que dá sequência aos dados divulgados em 2019. O estudo foi revisado e ampliado com o apoio das Coordenadorias das Comissões de Estudos sobre Gênero e Raça e do Comitê Científico de Assessoramento à Pesquisa da Enamat.

Segundo Fernanda Paixão, coordenadora de pesquisa da escola, um dos pontos relevantes incluídos trata sobre a questão do trabalho de cuidado e da violência e suas interseccionalidades. “Era importante conhecermos as questões vinculadas ao trabalho de cuidado, discriminações e violências sofridas por razão de raça e etnia”, explica. “Pensar em desenvolvermos uma política específica de cuidado é uma forma de acolhimento dessas mulheres para que possam contar com um apoio institucional para a progressão da carreira”.

Confira alguns pontos relevantes do relatório preliminar:

  • A pesquisa contou com  a participação de 749 respondentes (35,5% do universo de 2.107 magistradas);
  • 79,4% se autodeclararam brancas e 2,1% negra/preta;
  • 3,3% são pessoas com deficiência; 
  • 58,1% apresentam quadro de estresse, 55,9% sentem ansiedade e 46,1%  apresentam quadro de insônia;
  • 25,3%  declararam ser a principal responsável pelo cuidados; 
  • 15,1% cuidam sozinhas de pessoas com deficiência, necessidades especiais ou doença grave; 
  • 68,2% já foram vítimas de atitudes discriminatórias no ambiente de trabalho.

Pesquisa “Perfil dos Candidatos Aprovados no Concurso Público Nacional Unificado da Magistratura do Trabalho”

Em sua segunda edição, a pesquisa foi realizada em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e faz um recorte  sobre o perfil, as trajetórias e as condições de acesso de candidatos e candidatas à carreira da magistratura  aprovados no II Concurso Nacional Unificado da Magistratura do Trabalho.

O estudo tem como finalidade auxiliar o processo de formação continuada da Enamat e Escolas Judiciais, bem como subsidiar ações e políticas públicas mais amplas voltadas ao aperfeiçoamento do sistema de seleção e recrutamento.

De acordo com o pesquisador Fernando Fontainha, do IPEA, os entrevistados (as) relataram as dificuldades vividas em início de carreira, adaptação, mudança de cidade que envolve familiares, a competição por remoção, entre outras questões.

“Todos esses recortes podem e devem gerar um conjunto de reflexões mais aprofundadas, pois é importante para a instituição ter dados de pesquisa que foram colhidos por pessoas que passaram pelas experiências institucionais”.

Segundo o relatório preliminar, os respondentes, divididos em 12 grupos,  apontaram:

  • A necessidade de uma formação continuada abordando temas práticos;
  • Uma comunicação mais eficaz e maior integração entre as escolas judiciais e a Enamat;
  • A remoção como mecanismo de reequilíbrio; e
  • Mais políticas institucionais que favoreçam a diversidade e inclusão.

Confira mais fotos da apresentação no Flickr da Enamat.

(Andrea Magalhães/AJ)

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