A troca de conhecimento é um facilitador para a implementação das metodologias pelas Escolas Judiciais

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Os 29 juízes tutores das Escolas Judiciais do Trabalho (Ejuds) participaram na manhã dessa quinta-feira (27) do último dia do I Curso de Formação de Formadores em Metodologias Ativas, organizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat).
O foco foi a apresentação de exemplos de boas práticas com o uso das metodologias ativas. Participaram do painel os juízes do trabalho Hermann de Araújo Hackradt (TRT21) e Morgana de Almeida Richa (TRT9) e o juiz de direito e ex-secretário-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), Carl Olav Smith.
Construção do conhecimento
O juiz Carl Olav falou sobre o processo de implementação das metodologias ativas pela ENFAM em 2014 e sobre como essas técnicas de aprendizagem auxiliam a absorção e a retenção do conhecimento por meio das vivências práticas. “A educação será sempre diferenciada entre as pessoas, devido à individualidade de cada um”, afirmou. “Não há como pensar em usar essas novas técnicas sem antes conhecer o público alvo e identificar a lacuna de competência que se pretende preencher”. Segundo ele, o professor deve ter consciência da necessidade de ver o magistrado como parte do processo de construção do conhecimento.
Reforma Trabalhista
A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) utilizou a Reforma Trabalhista como tema para adotar as metodologias ativas tanto no ensino a distância quanto no presencial, fazendo com que os juízes fossem os protagonistas do conhecimento. “No ensino a distância, além do vasto material didático, a aplicação prática se deu com uso de enquetes e charges”, explicou a juíza Morgana Richa. A modalidade presencial foi complementada com debates de problematização e com os métodos World Café e Colmeia. “Esses métodos fizeram com que os 170 magistrados trabalhassem, ao mesmo tempo, cinco metodologias diferentes com questões similares. Isso foi uma significativa inovação no modelo de ensino da escola”.
Compartilhamento
Para o juiz Hermann, o compartilhamento de técnicas ativas, vivências e pensamentos em sala de aula foi um diferencial a mais para estimular a frequência dos juízes e possibilitar maior inclusão dos envolvidos. “Por meio dos grupos de trabalho, buscamos compartilhar as opiniões utilizando casos práticos”, explicou. “Nas oficinas com magistrados e servidores, abrimos espaço para que todos falassem sobre violência no ambiente de trabalho e assédio moral”. De acordo com o juiz, a proposta foi criar um mecanismo para tornar a discussão mais atrativa, por meio de metodologias ativas mais inclusivas.
Diagnóstico
Encerrando as atividades do curso, na parte da tarde o juiz do trabalho Giovanni Olsson apresentou o painel “Diagnóstico dialogado de atividades formativas”.

(AS/CF)