A turma, formada por 150 juízes do trabalho, acompanhou a apresentação do juiz Flávio Luiz da Costa, do TRT da 19ª Região (AL).

Magistrados que participam do “1º Curso de Conciliação e Mediação para magistrado supervisor e coordenador dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejuscs) na Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus” aprimoraram conhecimentos sobre a moderna teoria do conflito. A turma é formada por 150 juízes do trabalho que atuam diariamente nos Cejuscs.

Promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT), a aula foi ministrada, nesta quarta-feira (9), pelo juiz Flávio Luiz da Costa, do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (AL). O magistrado também tratou sobre conflito e processo judicial, espirais de conflito, processos construtivos e destrutivos e noções de teoria dos jogos aplicada. 

Teoria do conflito

Para o juiz, a teoria do conflito é a “a abordagem transformativa, a qual considera o conflito uma dinâmica normal e contínua dos relacionamentos humanos, em todas as espécies de organização, e uma oportunidade de aprimoramento das relações”. Para ele, o conflito é a negação da cooperação. “Seu elemento central é o dissenso, que não se confunde com a lide propriamente dita. Aquele, na reta do tempo, é primogênito; esta é a fase intermediária entre o conflito e o processo”, completou.

O professor apresentou também um caso de conflito para os alunos analisarem, bem como explicou sobre diversos tipos de conflitos, como: o psíquico ou intrapessoal, os interpessoais, os intragrupos e o intergrupo. Além disso, o professor abordou sobre as fases do conflito.

Espirais do conflito

De acordo com o modelo, há uma progressiva escalada, em relações conflituosas, resultando de um círculo vicioso de ação e reação. “Cada reação torna-se mais severa do que a ação que a precedeu e cria uma nova questão ou ponto de disputa”, explicou.

Para ele, existem duas bases de estudo do conflito: uma  chamada de processos ou modelo cooperativos e a outra de processos ou modelo competitivos, cuja distinção é estabelecida a partir de quatro aspectos (comunicação, percepção, atitudes para com o outro e orientação de tarefas).

O curso,  que tem o total de 40 horas/aula, vai até o dia 18 de junho.

(NV/AJ)