Enamat ofereceu, de 7 a 18 junho, diversas oficinas e palestras.

Depois de duas semanas de curso, a turma de magistrados supervisores e coordenadores dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejuscs) concluíram o 1º Curso de Conciliação e Mediação nesta sexta-feira (18/6). A formação foi promovida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), de forma telepresencial, pela plataforma Zoom.

Os participantes do curso, que atuam diretamente no processo de mediação e conciliação nas Varas do Trabalho e também nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), trocaram experiências de iniciativas que têm rendido frutos pelo país.

Screenshot_192Estatística

A juíza Amanda Barbosa, do TRT da 15ª Região (Campinas/SP), explicou que a gestão de processos dentro de cada Cejusc é importante justamente para facilitar a realização das tarefas diárias de mediação e conciliação, aumentar a produtividade na unidade e facilitar o trabalho quando há eventuais substituições no local.

A magistrada também tratou sobre a questão da “produtividade x resultados”. Ela enfatizou que o trabalho realizado pelo Cejusc é muito específico e não se deve apenas pensar nos resultados alcançados em termos do número de processos concluídos. “É preciso dedicar tempo às partes. É preciso tempo para que elas pensem sobre os processos. O resultado quantitativo é uma consequência e não deve ser a meta principal do Cejusc”, avaliou.

Screenshot_140Pluralidade

A desembargadora Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa, do TRT da 15ª Região (Campinas/SP), destacou como o 1º Curso de Conciliação e Mediação da Enamat foi importante para mostrar as diferenças de atuação nos diversos Cejuscs do Brasil.

Acerca das campanhas nacionais de conciliação e de execução, a desembargadora destacou que tratar o tema de forma coletiva permite conscientizar a população como um todo e, assim, disseminar a importância das ações.

Experiência

A desembargadora Francisca Formigosa, do TRT da 8ª Região (PA/AP), relatou sua experiência em um grande processo envolvendo cerca de 100 mil trabalhadores da Vale do Rio do Doce. A iniciativa ganhou a primeira edição do prêmio “Conciliar é legal” do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que, em 2021, está na sua 11ª edição.

Captura de Tela-43Relacionamento com a mídia

A secretária de Comunicação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Taciana Giesel, também esteve presente no 1º Curso de Conciliação e Mediação. Ela falou sobre a relação da mídia com o Poder Judiciário e como é importante estabelecer um canal de comunicação com os veículos de imprensa brasileiros.

“O relacionamento com a mídia precisa ser construído. É uma via de mão-dupla. Ora seremos procurados para prestar informações e esclarecimentos sobre determinado assunto. Por outro lado quando tivermos pautas, decisões e iniciativas positivas, que impactam a vida da sociedade, somos nós que vamos precisar da mídia, para dar publicidade e ampla divulgação das nossas ações”, explicou.

A jornalista também abordou a atuação de magistrados nas redes sociais e destacou a importância de uma comunicação estratégica, alinhada com a Administração do Tribunal para resultados mais efetivos e para prevenção de eventuais crises.

(Juliane Sacerdote/AJ)