Visitas às turmas complementam as atividades práticas do 24º CNFI

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Os juízes que participam do 24º Curso Nacional de Formação Inicial (CNFI) da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) acompanharam, nessa quarta-feira (15), as sessões de julgamento das oito Turmas do Tribunal Superior do Trabalho.
Consolidação da teoria
O acompanhamento dos julgamentos tem o propósito de possibilitar uma ambientação com os procedimentos que envolvem a prática judicante nos órgãos superiores. Para o juiz Saulo Caetano Coelho, que atuará no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), as atividades práticas são fundamentais para consolidar a parte teórica, estudada durante os anos de preparação. “Algumas questões de cunho prático, como oficinas, audiências simuladas e visitas às sessões, muito acrescentam na nossa formação para, ao entrarmos na jurisdição, estarmos um pouco mais familiarizados com a atuação do juiz”, afirmou.
Visão ampliada do Direito
Para a juíza Vivian Letícia de Oliveira, do TRT da 24ª Região (MS), temas como ética, alteridade e resolução de conflitos possibilitam ao magistrado ter uma visão muito mais ampla do que somente o Direito em si. “O eixo da alteridade nos mostra como é importante o olhar sobre o outro – partes, advogados, servidores ou estagiários”, observa. “Nos laboratórios de resolução de conflitos, nos preparamos para saber como devemos atuar nas audiências, na tomada de depoimentos e nos interrogatórios. Essas simulações contribuem para nossa formação ajudam a diminuir a ansiedade natural de enfrentarmos o primeiro dia de audiência”.
Temas Humanizados
Aliar teoria e prática, com temas mais humanizados, tem sido o grande diferencial do 24º CNFI. Esse é o entendimento da juíza Laila Mariana Paulena Macedo, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP). “Todos os temas apresentados, somados às aulas nos laboratórios, estão possibilitando aprender como utilizar, na prática, técnicas de conciliação e de resolução de conflitos, por exemplo. Colocarmos-nos no lugar do outro é uma atitude que permite sentir o impacto da aplicação do Direito do Trabalho no dia a dia dessas pessoas”.
Laboratórios
Na parte da tarde, os juízes participaram dos laboratórios de resolução de conflitos. A primeira atividade, coordenada pelo juiz Jorge Alberto Araújo (TRT4), abordou as “Técnicas de interrogatório aplicadas no Processo do Trabalho”. Na sequência, o tema “As peculiaridades da prova pericial médica em doenças e acidente do trabalho” foi tratado pelos juízes Antônio Umberto Júnior (TRT10), Flávio Luiz da Costa (TRT19) e Roberta Correa de Araújo (TRT6).

(AS/CF)