Essas e outras palestras disponíveis no canal da escola foram apresentadas no seminário telepresencial sobre “Direito Digital, Lei Geral de Proteção de Dados e Inteligência Artificial”.

A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) disponibilizou, nesta sexta-feira (11/12), no canal oficial da escola no YouTube, as palestras “Jurimetria e as soluções de conflitos pelo prisma jurimétrico” e “Sistemas de inteligência artificial no poder judiciário”. As palestras foram ministradas no seminário telepresencial sobre “Direito Digital, Lei Geral de Proteção de Dados e Inteligência Artificial”, realizado entre os dias 11 e 13 de novembro. 

A liberação do conteúdo do seminário foi feita durante toda esta semana. Ao todo, foram cinco vídeos com os painéis apresentados durante os três dias de evento. O conteúdo está disponível no canal oficial da Enamat no YouTube.

Conflitos

A palestra “Jurimetria e as soluções de conflitos pelo prisma jurimétrico” foi ministrada pelo juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) Fernando Antônio Tasso e pelo professor de Direito Comercial da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) Marcelo Guedes Nunes. Segundo o juiz do TJ-SP, a jurimetria tem a finalidade de solucionar conflitos. “A jurimetria pretende compreender melhor quais são os caminhos que o juiz adotaria em uma sentença, e quais os desdobramentos que um litígio poderia tomar no futuro”, destacou.

Ainda de acordo com o magistrado do TJ-SP, a jurimetria ajuda também a facilitar uma tomada de decisão para um eventual acordo pelo profissional do Direito, pelas partes e pela probabilidade de êxito de eventual recurso, analisando a oportunidade de se recorrer ou não. 

Para o professor Marcelo Guedes, a jurimetria não tem a intenção ou a pretensão de substituir o gestor na tomada de decisão. Segundo ele, essas ferramentas podem contribuir para diminuir o excesso de litigiosidade e os custos do Judiciário com o uso de tecnologias. 

Confira:

Inteligência artificial

A palestra “Sistemas de inteligência artificial no poder judiciário” foi ministrada pelo gerente do Sistema “Victor”, programa  de inteligência artificial do Supremo Tribunal Federal (STF), Paulo Henrique Vêncio, e pela supervisora da Seção de Integração de Dados e Apoio à Decisão da Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior do Trabalho, Camila Ribeiro Rocha Torres.

Para o gerente do sistema do STF, o Judiciário enfrenta diversos desafios, entre eles, a estruturação de dados e o aumento da produtividade sem incrementar os gastos atuais. Por isso, segundo ele, é necessário o uso da inteligência artificial. Vêncio apresentou aos participantes o projeto “Victor”, que promete  trazer maior eficiência na análise de processos, com economia de tempo e de recursos humanos, além do aumento de produtividade.

A supervisora da Seção de Integração de Dados e Apoio à Decisão da Setin do TST apresentou o “Bem-Te-Vi”, sistema de inteligência artificial do tribunal, que auxilia ministros e servidores a gerirem seus acervos processuais e, assim, a melhorar a rotina de trabalho dos gabinetes. Por meio desse sistema, pode-se saber, por exemplo, quais processos estão relacionados a determinado tema, há quanto tempo essas ações chegaram ao gabinete, bem como quantos e quais são os processos de uma parte.

Assista como foi a íntegra da palestra:

(Nathalia Valente/AJ)