Conteúdo faz parte do 2º Curso de Conciliação e Mediação promovido pela Enamat

Nesta segunda-feira (23/8), o 2º Curso de Conciliação e Mediação para Magistrado Supervisor e Coordenador de Cejusc na Justiça do Trabalho – 1º e 2º graus deu continuidade à palestra do juiz do TRT da 9ª Região (PR) Fernando Hoffmann. O magistrado detalhou os princípios do método Harvard de Negociação e enfatizou que é preciso estar atento aos interesses de cada parte e à opinião de todos sobre o conflito em questão. 

“É preciso saber os motivos das partes estarem ali e, principalmente, o que está por trás daquele conflito específico. Às vezes, a questão não é nem financeira, apenas a recuperação do emprego”, explicou magistrado.

Screenshot_20210823-143317_ZoomAcordo extrajudicial

Na opinião da juíza do TRT da 5ª Região (BA) Dorotéia Silva de Azevedo Mota, o acordo extrajudicial, trazido pela reforma trabalhista sancionada em 2017, pode ser homologado também no âmbito dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejuscs). “A negociação existe, mesmo que seja realizada fora da Justiça do Trabalho, e de forma direta entre as partes. Então, o acordo já chega pronto pra gente”, defendeu.

Técnicas de mediação

Os magistrados André Felipe Gomma de Azevedo, do Tribunal de Justiça da Bahia, e Kathleen Mecchi Zarins Stamato, do TRT da 15ª Região (Campinas/SP), apresentaram a palestra “Técnicas do processo de mediação e a conciliação”.

Segundo o juiz André Felipe Gomma de Azevedo, a relação entre empregado e empregador é de parceria e potencialmente construtiva. “É nosso papel fazer as partes entenderem que a relação deles deve ser construtiva. Claro, é uma situação desafiadora, principalmente, quando os ânimos chegam exaltados na sala de audiência”, explica.

O primeiro passo, de acordo com o magistrado, é recontextualizar os fatos, depois dialogar e, por fim, apresentar novas visões para as partes.

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Para a juíza Kathleen Mecchi Zarins Stamato, o magistrado mediador vai justamente fazer as perguntas para entender a dinâmica da relação entre as partes e como esse relacionamento resultou em um conflito judicial. “Vocês não imaginam quantas pessoas precisam ser validadas na mesa de negociação. Outras só precisam ser ouvidas com atenção. Quando ela se sente ouvida, ela se abre para a negociação”, concluiu.

O 2º Curso de Conciliação e Mediação é promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat. As aulas seguem até esta sexta (27/8), pela plataforma Zoom.

(Juliane Sacerdote/AJ)