Pela primeira vez as Escolas Judiciais dos Tribunais do Trabalho da 8ª e 11ª Região realizarão seus Cursos de Formação Inicial para novos magistrados de forma compartilhada. A ideia foi reunir esforços e experiências entre as duas escolas que integram a região amazônica para otimizar as atividades e organizar, em pouco tempo, uma formação de qualidade.

Ao todo, 23 juízes realizarão o I Curso Regional de Formação Inicial Compartilhado (CRFI), sendo 14 da 8ª Região, com jurisdição sobre os estados do Pará e Amapá, e 9 na 11ª Região, que abrange os estados do Amazonas e Roraima. As aulas vão iniciar no dia 31 de maio e terminam sua primeira etapa em 28 de junho, quando os juízes seguem para as  atividades supervisionadas do protocolo de ingresso nas unidades judiciárias, até completar os 60 dias de formação.

Um olhar sistêmico e amplificado da geopolítica regional pelos juízes-alunos é o grande desafio e ao mesmo tempo o principal objetivo das EJUDs 8 e 11.

“O compartilhamento pelos juízes-alunos que atuarão nos dois regionais acerca dos problemas enfrentados por cada um desses quatro estados possibilita uma visão mais abrangente dos nossos conflitos trabalhistas, considerando-se o fato de que a Amazônia é tão necessária para a sobrevivência da espécie humana, pois rica em recursos naturais, mas é muito pobre em relação às condições de vida e de trabalho de seu povo. Nós acreditamos que, quanto maior o conhecimento desses juízes sobre as diversidades das relações de trabalho e de vida na região amazônica, melhor será sua atuação jurisdicional”, explicou a juíza Nazaré Medeiros Rocha, vice-diretora da EJUD8.

Em decorrência do período de pandemia, todo do CRFI será realizado de forma telepresencial, uma expertise que a EJUD8 trouxe consigo, visto que, em 2020, já realizou seu XI Curso de Formação Inicial de forma totalmente virtual.

“É muito significativo compartilhar este curso com a EJUD11. Acredito que a pandemia nos ensinou a ser mais criativos e solidários. Está sendo um desafio desenvolver o CRFI de forma conjunta, são inúmeras reuniões on-line, trocas de planilhas, ajustes de palestrantes etc. Mas tenho certeza de que a união de esforços e a cooperação mútua são o caminho certo”, conclui o Desembargador Walter Paro, Diretor da EJUD8.